Troféu Curupira 2024
A estatueta Curupira deste ano,
inspirada nos diagramas
de Voronoi, simboliza a interconexão entre natureza e tecnologia, destacando colaboração,
visão sistêmica e sustentabilidade para promover um design que visa
um futuro melhor.
O Curupira-voronoi como metalinguagem do design para impacto positivo.
A inspiração
A estatueta Curupira DFBW deste ano mistura o orgânico e o tecnológico com formas inspiradas no Voronoi, presentes na natureza como nas asas de libélulas e corais.
Ela simboliza a interconexão entre
o mundo natural e as inovações tecnológicas através
do design.
O projeto
A CBA B+G ficou a cargo da estatueta deste ano junto ao Cazoolo, adotando um modelo colaborativo extremo como curadores de um projeto coletivo, integrando múltiplas inteligências.
Esta edição nasce da crença de que a melhor solução vem da profundidade de projeto através do olhar sistêmico do design.
os 10 passos
da jornada voronoi.
1.
design transformador e significativo
Queríamos que a estatueta transcendesse um troféu
e se tornasse a ‘memorabília’ do DFBW: grande impacto visual a partir das melhores escolhas para os mínimos recursos de produção e descarte, carregando o significado da conquista mas também transmitindo a mensagem do design coletivo
e inteligente para um mundo melhor.
2.
inspiração na natureza biomimética
Desde o início, inspiramo-nos na natureza, uma referência consolidada nas edições anteriores. Desta vez, adotamos a Biomimética, usando a natureza como modelo, medida e mentora do processo.
Assim, encontramos os diagramas de Voronoi.
3.
padrões naturais do design
As formas inspiradas nos diagramas de Voronoi, comuns na natureza, representam um padrão natural de organização espacial.
Adotadas em diversas disciplinas, como design de produto, planejamento urbano, design de interiores, jogos, otimização de UI e UX, minimização de distâncias, entre outras, elas celebram as múltiplas vertentes do design em um único modelo.
4.
design
for
environment
Paralelo à Biomimética, outro pilar do projeto foi o Design for Environment (DfE).
Uma abordagem que busca reduzir o impacto ambiental ao longo do ciclo de vida,
selecionando e reduzindo a quantidade de materiais adequados ao uso, minimizando ferramental, buscando eficiência energética e de processos, evitando desperdícios na produção e facilitando a desmontagem para reciclagem.
5.
produção eficiente
A impressão 3D, ou manufatura aditiva, foi escolhida como a tese de produção inicial, a ser validada por análises ACVs.
Ela foi escolhida devido ao volume de estatuetas, logística eficiente e quase zero perdas de materiais. Neste momento, a CBA B+G convida o Cazoolo para co-criar e participar da curadoria da solução.
6.
estrutural, materiais e análises ACV
Em colaboração, a equipe do projeto iniciou diversos testes físicos dos protótipos, avaliando a massa mínima e a envergadura de diferentes materiais em estruturas Voronoi, para minimizar inclusive perdas e aparas.
Contamos com o apoio da Zaya para validar a solução ideal através de análises de ciclo de vida (ACVs).
7.
o toque originário curupira
Para dar à estatueta seu toque originário, convidamos a Hunim, hub para Negócios de Impacto na Amazônia, a colaborar no projeto.
Buscamos uma conexão com a cosmologia e os artistas indígenas para encontrar um elemento estético e ritualístico que marcasse a estatueta Curupira. Os inúmeros contatos e trocas enriqueceram e valorizaram o resultado final do projeto.
8.
jornada com o povo araras
Nesta jornada junto a diferentes fontes e contatos indígenas, fomos descobertos pelo Povo Araras de Rondônia. De sua história, associada à lenda do Curupira e seus cabelos vermelhos, veio a inspiração do ‘toque do urucum’ sob as estatuetas brancas, como telas para a expressão máxima de uma intervenção mínima.
9.
a produção da nova estatueta
Terminados os estudos de viabilidade e critérios estéticos, a nova edição da Curupira-voronoi foi toda impressa no Cazoolo, cujos materiais de produção tiveram o apoio da 3DCRIAR.
10.
berço reciclável
Com a colaboração da Antilhas, criamos uma caixa-berço otimizada em material reciclado, kraft, sem pontos de cola, com impressão em uma cor à base d’água e projetada para fácil descarte e reciclagem. A mesma peça, coringa, também será usada para envios a distância, adicionada de uma tampa projetada sob os mesmos critérios.
Ficha Técnica
Curadoria criativa
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Luis Bartolomei
Herick Ferreira
Cazoolo (www.cazoololab.com)
Fabio Sant’Ana
Design da estatueta
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Alex Diniz
Barbara Almeida
Juliano Bortolin
Cazoolo (www.cazoololab.com)
Tarcio Borgo
Design gráfico
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Caio Campana
Matheus Calderoni
Fernanda Varnum
Rafael Vecchio
Fabio Okamoto
Verbal
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Mateus Potumati
Ludmila Noronha
Digital
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Caio Campana
Matheus Calderoni
Diego Fernandes
Rayane Mota
Manufatura aditiva
Cazoolo (www.cazoololab.com)
Roberto Mesquita
Resina de impressão
3D Criar (www.3dcriar.com.br)
Leandro Chen
Daniel Huamani
Análise de Ciclo de Vida (ACV)
Zaya (www.zaya.eco)
Isabela Basso
Marilise Garbin
Conexão e curadoria com os povos indígenas
Hunim (hunim.com.br)
Alexandre Mori
Inspiração iconográfica
Povo Arara Karo Rap, Rondônia
Desenvolvimento do pigmento urucum
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Alex Diniz
Everaldo Paulo (consultor)
Design e produção da embalagem
Antilhas Embalagens (www.antilhas.com.br)
Joao Carlos Jose da Rosa
Roberto Lebarc
Estratégia
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Caroline Luz
Leonardo Kleinowsky
Fernanda Henriques
Carolina Barruffini
Apoio operacional
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Rodrigo Ferreira
Fernanda Ribeiro
Gestão ao cliente
CBA B+G (www.cba-bmaisg.com)
Camila Leopoldo
Alessandra Morais
Aprovação
Centro Brasil Design (www.cbd.org.br)
Letícia Castro
Ana Brum
Juliana
Buso Pereira
Claudia Ishikawa
Maria José Dadam Reis Tavares
Confira os troféus dos anos anteriores
2023
Com o tema ‘Retomada’, a estatueta de 2023 foi inspirada nos tradicionais mantos feitos com as penas vermelhas da ave guará, conhecidos como Manto Tupinambá. Esses objetos históricos e ritualísticos, outrora levados do Brasil para coleções no exterior, representam agora um símbolo de resgate e valorização do que é genuinamente brasileiro. O manto vermelho presta homenagem aos povos originários desta terra e ao elemento fogo, associado ao Curupira. “Queremos que as pessoas compreendam o significado por trás deste troféu e se sintam honradas ao recebê-lo”, afirma Ana Couto.
2022
A estatueta do Curupira de 2022, produzida em cerâmica em parceria com o Ateliê de Cerâmica, mantém suas formas originais. O processo deprodução está presente na história de Minas Gerais e agora integra oficialmente o patrimônio cultural do Estado. Assinada por Gustavo Greco, da Greco Design, a estatueta é uma homenagem ao folclore brasileiro. Refletindo o fogo, elemento fundamental na elaboração das peças, e transformando a terra em cores, muitas vezes inesperadas. O resultado são estatuetas com variações no uso dos pigmentos, cada uma com suas características únicas, o que as tornam exclusivas.
2021
Na edição de 2021, a estatueta foi confeccionada com um dos materiais mais sustentáveis disponíveis atualmente: um biocomposto de micélio combinado com descartes da agroindústria. Esse feito evidencia nossa dedicação à sustentabilidade, ressaltando a harmonia entre a sabedoria da natureza, a inovação da ciência e nosso compromisso com um mundo melhor. O Curupira foi concebido e materializado pelos renomados designers Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner, da Furf Design.